Relato Joana Macedo Sequeira Mendes



1º Caderno – Maybe Education of Documenta (13): Art, Audiences and Companions
Joana Macedo

Este relato aborda a primeira comunicação da conferência "Em nome das artes. Em nome dos públicos", para a qual nos reunimos, educadores, professores, profissionais dos museus e outros interessados, no Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian no passado dia 12 de Novembro.
Neste texto nem sempre se comunicarão as ideias expressas na mesma ordem em que foram apresentadas na conferência, emergindo com destaque uma perspetiva pessoal que pretende incrementar as ideias apresentadas e discutidas com momentos de reflexão, ordenados logicamente a partir de leituras e pesquisas feitas complementarmente.
A conferência "Maybe Education of Documenta (13): Art, Audiences and Companions" foi mediada por Sofia Victorino, atualmente coordenadora do departamento de Educação da Whitechappel Gallery, com o objetivo de conhecermos o desenvolvimento do programa de visitas guiadas desenvolvido para a Documenta 13. Da equipa de programadores do Maybe Education, programa “talvez educativo” da famosa quinquenal de Arte Contemporânea, apresentou-se Adam Kleinman, um curador nova-iorquino, programador e colaborador em diversas publicações de arte contemporânea que fez a sua comunicação via Skype, e como membro da equipa de educadores a artista performance alemã Sandra Ortmann. Como é de praxe, o sistema de comunicação estabelecido via WEB foi interrompido muitas vezes e não foi possível ouvir bem a comunicação de Adam, cortada inúmeras vezes e tornada assim imperceptível no que concerne a uma parte significativa daquilo que tinha para nos dizer.
Acresce informar que esta comunicação não foi acompanhada por elementos de documentação escrita, que pudessem contribuir para a reflexão sobre a conferência, e pareceu-me haver quanto a este ponto, uma concordância entre o caráter extraordinariamente informal da apresentação realizada, por um lado, mas também a despreocupação do próprio corpo de programadores da Maybe Education em aprofundar e conceptualizar a sua prática no campo teórico da educação ou da mediação, ao contrário do que aconteceu na edição anterior da Documenta 12 (em 2007).
Na documentação online do programa educativo não encontrei qualquer referência ao tema da educação ou mediação com os públicos, tema que está posicionado claramente à margem do discurso deste programa. Nos vários textos de apresentação das visitas e seminários destaca-se a importância da construção do discurso elaborado no próprio campo artístico, e não deixa de ser curioso que nos dois primeiros parágrafos da “Pequena Carta de Intenções” se declare: “Pretendemos dizer-lhe que os artistas são capazes de formular as suas próprias questões, conduzir a sua própria pesquisa, e diretamente falar com e envolver uma multiplicidade de públicos”.
Neste aspeto, o programa educativo da Documenta 13 (2912) parece destacar-se da edição anterior (2007), quando as questões da educação foram colocadas a partir de uma perspetiva de acção reflexiva, partindo das propostas de educadores envolvidos com a pesquisa no campo da educação artística e as questões da pedagogia crítica, atitude refletida na edição dos seus cadernos de educação,  e numa articulação estreita com o projeto de curadoria que inclusivamente colaborou ativamente no desenvolvimento dos projetos desenvolvidos diretamente com as comunidades de Kassel, nomeadamente a organização de um concelho local.
Por contraste, Adam Kleinmann apresentou de forma aberta e descomprometida o projeto "talvez" educativo da Documenta 13, que transpareceu como uma proposta de ação absolutamente não programática e autónoma intelectualmente em relação ao projeto curatorial em si, fundado antes na ideia aberta da impossibilidade de apreender ou circunscrever o conhecimento produzido. Esta ideia de fragmentação e multiplicidade reforça-se com a imagem de uma exposição pulverizado em múltiplos espaços da cidade de Kassel, para além do espaço do próprio Museum Fridericianum, desenvolvendo-se ainda em Kabul, Alexandria e Banff um programa de exposições e conferências. A afluência de públicos em Kassel foi também impressionante, e este ano, em 100 dias, a Documenta 13 teve mais de 800 000 visitantes.
Na conceção do seu programa, o corpo de programadores do Maybe Education adoptou uma perspetiva crítica quanto às instâncias de produção e validação de significado, a validade do próprio conceito de conhecimento, a consagração da multiplicidade das perspetivas construídas e procurando incorporar no seu corpo de educadores pessoas de campos profissionais diversos e mesmo alienados do campo das artes plásticas, representantes da comunidade local, que trouxessem propostas de conhecimento, expectativas, experiências e competências diferenciadas para a exposição.
Estes objetivos estão enunciados na escolha do próprio título do programa educativo, encabeçado por Julia Moritz: “Maybe (talvez) reflete o facto de que o conhecimento é difícil de expressar e de definir, e que a arte e a pesquisa artística muitas vezes evitam quaisquer formas de significado estável. Maybe refere-se, em termos positivos, à falta de certeza e de qualquer declaração que possa abarcar o todo. É antes um eixo para uma reconsideração ativa das formas de apresentar o conhecimento no contexto da arte”. (tradução das primeiras frases do parágrafo de apresentação do programa, da sua página de Internet).
Na sua intervenção Adam Kleinman começou então por se referir à relação histórica entre os pressupostos eminentemente pedagógicos que presidiram à fundação da própria exposição e a organização de visitas guiadas oferecidas por um corpo de docentes da área da História da Arte logo na sua primeira edição em 1955.
A primeira Documenta foi organizada por Arnold Bode, um arquiteto, curador e professor que estava sediado em Kassel, uma pequena cidade periférica do sudoeste Alemão, desde o seu afastamento de Berlim pelos Nazis na década de 1930, instituindo-se como a primeira exposição de arte moderna desde a realização da mostra de “Arte Degenerada” organizada em Munique pelo partido Nazi em 1937.
Assim, a apresentação “oficial” da arte contemporânea na Alemanha é determinada por uma atmosfera política carregada, onde se inscrevem agendas de intenção propagandística. Em 1955 o ambiente de Guerra Fria levara a uma cisão do país cada vez mais acentuada, e estava em curso um processo de revitalização económica capitalista com a implementação tardia do Plano Marshal na então República Federal Alemã. A Documenta surge com o objetivo de religar a Alemanha à contemporaneidade e à Europa Ocidental, a cultura e a arte surgem como prescrições curativas que poderiam ajudar a ultrapassar a ostracização dos povos europeus e a combater o domínio cultural comunista sedeado em Berlim.
O “legado histórico” da educação surge na comunicação de Adam como estando associada aos objetivos propagandísticos representados pelo discurso da curadoria, e portanto na sua formulação mais clássica. As audiências do museu são encaradas neste modelo como “repositórios” passivos de um conhecimento a que pretendem aceder, mas de que estão, de facto, alheadas ou alienadas pela sua posição determinada numa estrutura social, ou por se encontrarem fora da instâncias reconhecidas de produção de conhecimento sobre arte: a academia ou o museu.
Adam referiu-se ainda ao legado de práticas curatoriais alternativas, afirmadas por Harald Szeemann no desenvolvimento da Documenta V, em 1972. Neste ponto, infelizmente, não foi possível ouvir a sua comunicação, parecendo-me no entanto essencial referir o contributo fundamental das questões levantadas pela crítica que algumas vanguardas artísticas nos anos 1970 apontavam à instituição artística, nomeadamente ao museu e à academia, bem como aos modelos de “educação” por elas veiculadas. A este propósito parece-me interessante referir o texto “Document’s Reinvention” de Denise Frimer, publicado no jornal online “Art & Education”,onde a autora precisamente dá relevância às relações intrínsecas entre educação e curadoria, na Documenta, bem como à evolução paralela que os paradigmas de ambas foram sujeitos.
Harald Szeemann, o curador da Documenta V (1972) irá partir de uma análise crítica à realização das edições anteriores da Documenta, ao mesmo tempo que procura dar corpo a uma relação mais viva entre as práticas quotidianas e as novas formas da arte visual, rompendo com as convenções hierarquicamente estabelecidas entre as diferentes formas de produção artística. Estão implícitos também uma crítica ao formalismo e à esteticização da relação com a arte, afirmada com as práticas de vanguarda como o Fluxus e as ações de ruas de Macciunas que incitavam à dinamização da relação entre a audiência e o artista, apelando à participação de todos. A organização da exposição procurava então implementar novas formas de relações sociais entre os diferentes participantes, nomeadamente apostando em estimular a imaginação das audiências na relação direta com os artistas. Em vez de 100 dias de exposição, Harald Szeemann ambiciosamente projeta 100 dias de eventos, e o “Gabinete para a Democracia Direta” de Joseph Beuys é uma das experiências que mais parece cumprir o programa de curadoria, pois aí se propõem discussões e debates, determinados por configurações estéticas e a intervenção do artista de diferentes formas no espaço destinado a esta intervenção/instalação/performance, que abordava diferentes temas como a política, a ecologia, mas também a educação e a Academia, sendo que a prática artística no museu é entendida talvez pela primeira vez, na sua dimensão enquanto prática institucional de educação.
Esta performance/instalação pretendia que os participantes se envolvessem numa experiência pedagógica auto-representacional ao mesmo tempo que esboçavam ideias colectivas, questionando as dinâmicas fixas e as fronteiras que dividiam as instituições escola, museu, academia bem como os diferentes espaços políticos.
No texto citado acima parece ainda mais interessante salientar a analogia que a autora encontra entre as propostas curatoriais de Harald Szeemann e a proposta de uma educação libertária na obra de Paulo Freire, um pedagogo brasileiro que no início da década de 1970 edita o livro “Pedagogia dos Oprimidos”. Nessa publicação Freire analise a relação pedagógica entre aluno e professor, criticando um modelo em que este último é o único sujeito autor e salienta a importância de dinamizar dialogicamente esta relação através do empoderamento dos aprendizes /alunos enquanto produtores da relação de aprendizagem. Trata-se de tornar a educação uma prática ativadora da imaginação, de dar forma ao invisível e não familiar, tornando-a uma prática participatória e mais democrática.
Assim, parece que podemos falar de um posicionamento crítico, assumido no confronto com a prática institucionalizada da arte, da exposição, mas também da educação e da dinamização das relações com as audiências, enquanto formas aliadas de transformação das estruturas de funcionamento e organização da Documenta, desde a década de 1970.
Neste âmbito também se destaca o projeto que Thommas Hirschhorn desenvolveu para a Documenta 11 em 2002, “Monument to Battaille”, um projeto artístico elaborado e desenvolvido num bairro turco-africano do nordeste da cidade, que procurava estabelecer uma educação emancipada, inspirada pelo modelo do Mestre Ignorante que Jacques Ranciére aborda no livro com o mesmo nome de 1991. O projeto foi desenvolvido em parceria com todos aqueles que quiseram colaborar na sua construção, composto de um espaço arquitetónio construído com restos de madeira, onde se montou uma biblioteca, um espaço de refeições, uma exposição sobre Bataille com material gráfico e um estúdio de televisão. Thomas Hirschorn procurou aí criar a possibilidade de mobilizar essa comunidade em torno de um projeto comum que fomentasse a discussão filosófica, mas também o encontro e o convívio entre os participantes, com o cuidado de manter o projeto afastado dos circuitos turísticos da Documenta 11.
Voltando à apresentação de Adam, ele referiu-se unicamente ao modelo de visitas-guiadas encontrado para a Documenta (13), apresentado sob o nome de Dtours (desvios. Este nome parece procurar consagrar a possibilidade de referir ou abordar diferentes temas, percursos, tipos de abordagens ou metodologias que surgem a partir das propostas desenvolvidas pelas pessoas que os apresentam, assumindo a individualidade e a liberdade de construção de perspetivas e discursos.
 Os mediadores, investidos de um papel performativo são então denominados Wordly Companions ou companheiros mundanos, um nome que favorece uma relação entendida conceptualmente como mais próxima e democrática, uma relação de igualdade na construção do significado sobre as obras e as exposições, entre os educadores/mediadores e o seu público.
Parece-me interessante citar uma das observações polémicas de Adam Kleinmann, que referiu a impossibilidade de transformar o modelo de visitas guiadas, definido à partida por uma empresa privada que deles faz uma lucrativa gestão, e da necessidade sentida que o corpo de programadores sentiu de encontrar modelos alternativos e burlescos.
Na verdade, o programa de visitas-guiadas representa uma fonte considerável de receitas e no site podemos comprovar os preços muito altos que praticam. Um grupo com 15 pessoas, por exemplo, pagará 160€ para fazer uma das visitas guiadas de duas horas sendo que, adicionalmente, cada pessoa deverá ainda pagar o bilhete de entrada na exposição, que custa 20€ (não considerando aqui os descontos previstos para estudantes, desempregados, e outros).
Nora Sternfeld na sua intervenção, chamou a atenção de que apesar da intenção conceptual de transformar as relações criadas entre mediador e público, esta troca comercial de compra e venda de uma atividade cultural, irá à partida fixar as tradicionais hierarquias e papéis sociais tal como existem previamente fixados por uma relação de “consumismo”.
Outro aspeto polémico prendeu-se com a questão do desfasamento sobre as expectativas dos públicos perante as visitas, os quais estando muitas vezes informados sobre o caráter informal e processual dessas Dtours acabam por exigir um tipo de “prescrição” do conhecimento tradicional, encarando a visita muitas vezes como uma porta de acesso ao seu complexo significado, ou seja, mais uma vez assumindo uma perspetiva tradicional sobre o acesso e a produção de conhecimento na exposição.
Sandra Ortmann referiu ainda uma outra ordem de dificuldades, que surge com as dúvidas instaladas pelos próprios Companheiros Mundanos, muitos dos quais são habitantes de Kassel e profissionais de áreas totalmente alheadas das da produção artística (jardineiros, cientistas, médicos). Uma comunidade local, habituada e motivada a participar na Documenta, que assume aqui um papel ativo na organização da exposição, mas confronta-se com uma mundividência alternativa, e por vezes moral ou politicamente desafiadora dos seus próprios valores. Sandra Ortmann referiu a título de exemplo o trabalho da artista americana Ida Applebroog, uma ativista feminista e homossexual, cujo trabalho é questionador de modelos e preconceitos que podem acabar por ser veiculados no discurso produzido por um Companheiro que não se coloque de forma imparcial perante essa tomada de posição. Qual a validade do conhecimento assim produzido?
Todas estas questões me pareceram ser um bom mote para a abertura dos trabalhos do dia na Conferência “Em Nome dos Públicos Em nome das Artes”, dedicado à discussão de modelos teóricos mas também práticos, informados por conceitos atuais, que pretendem questionar as práticas educativas, reformular os princípios do desenvolvimento da democracia e da participação (no fundo, para o desenvolvimento de um paradigma de pedagogia que incentiva à tomada e partilha de decisões no espaço do museu): crítica pós-colonialista; pedagogia crítica; feminismo; perspetiva transformista; ecologia dos saberes; edu-punk; museu pós-representativo são apenas alguns dos conceitos introduzidos que me parece valer a pena reter para referência e reflexão futuras.
Na minha perspetiva, no entanto, a apresentação do projeto Maybe Education acabou por ficar muito aquém das expectativas, apresentando-se como uma proposta “plana” da ação da programação pública na área da educação. Não foram referidas quaisquer relações com os múltiplos projetos de artistas que criaram, nos seus espaços de intervenção, ações e projetos mobilizadores da participação dos públicos, como foi o caso de Robin Khan, que no Karlsaue (o grande parque da cidade onde se apresenta um conjunto de intervenções em modelo de challet ou pavilhão) instalou uma jaima, tenda típica do Sahara Oeste com o projeto "The Art of Sahrawi Cooking". Para este projeto o artista convidou um grupo de mulheres de um campo de refugiados dessa região marroquina, e dinamizou workshops de culinária, pretexto para convidar diferentes participantes para conversas e discussões sobre as diferentes comunidades nacionais, interculturalidade, sobre os temas da ocupação e domínio pós-colonial abrindo a possibilidade de que os participantes contribuíssem com sugestões para o desenvolvimento do próprio programa.
Também se sentiu a falta na apresentação do projeto educativo desenvolvido para crianças e adolescentes de Claudia Hummel, Ayşe Güleç e Sandra Ortmann que partiu de um convite dirigido aos próprios artistas para que escolhessem e oferecessem materiais e objetos que pudessem servir como motes de trabalho para a exploração das suas peças (e para o qual inúmeros artistas contribuíram).
E finalmente, faltou referir a importante antecedência do projeto de Educação da Documenta 12, em 2007, e do seu projeto educativo, desenvolvido em parceria com os curadores Roger Burgel e Ruth Noack que estenderam e tornaram evidentes as relações entre o campo da educação e o campo da curadoria. Começando um ano antes do início da exposição, a equipa de educadores e os curadores discutiram, no concelho local, com representantes da comunidade, sobre a relevância do conceito da exposição no contexto da vida das pessoas de Kassel. A partir dessas discussões criaram, entre outros projetos comunitários, um Salon des Refusées, desenvolvido por pessoas sem trabalho remunerado e que aí discutiram questões sobre o estado, o desemprego ou a vida quotidiana.
Abordando o tema da educação no contexto de uma mega-exposição de arte contemporânea, procuraram alarga-la para além da oferta típica de visitas-guiadas, encarando o trabalho do Serviço Educativo enquanto serviço público, enquanto exercício de uma prática dialógica com impacto e ambição social. É significativo que a primeira conferência de imprensa da Documenta em Kassel tenha sido sobre o projeto de educação, que assim deixou de ser visto como um apêndice separado do resto da programação, ligado ao entretenimento ou ao edutainment, ou como mera atividade lucrativa. Impunha-se a questão de saber se o campo da educação, dentro da exposição, poderia contribuir para transformar as estruturas sociais da própria instituição artística e para refletir criticamente sobre o programa ultra-liberal de privatização da oferta cultural.
Ainda no artigo “Pedagogical Paradigms” a autora Denise Friemen equaciona uma tomada de perspetiva eminentemente pedagógica no projeto de curadoria da Documenta 13, da responsabilidade de Carolyn Christov-Bakargiev, explorando ainda o tema da própria quinquenal enquanto espaço de educação artístico alternativo à academia.
Assim, parece-me pertinente questionar a ideia de que o campo de discussão das questões da educação deverá estar afastado da discussão sobre as hierarquias de conhecimento, os modos de produção de significado, pois ele encerra em si a potencialidade de contribuir para a transformação dos paradigmas, e principalmente, para reflectir sobre formas democráticas de participação das audiências e comunidades locais nestes espaços privilegiados de representação social e política que são as exposições e os museus.
Parece que a educação é em si mesma o campo de batalha em que se poderão defrontar diferentes perspetivas de outros campos e saberes, como a filosofia, a comunicação e a teoria de arte, e onde cabem na verdade todas as propostas e estratégias.
Saber a quem pertence o domínio da comunicação e do desenvolvimento dos projetos de interação com as audiências é discutir a representatividade dos diferentes actores sociais dentro das instituições. Mas, antes de mais, parece-me interessante equacionar o campo da educação em museus ou exposições, enquanto espaço de resistência à liberalização e privatização do acesso à cultura e à educação, podendo a educação assumir nas instituições um papel social enquanto espaço de educação informal, promotor de liberdade, do desenvolvimento das competências individuais da sensibilidade que fazem parte, enfim, do projeto civilizacional da cultura e da arte contemporâneas.

Net-grafia
Denise Frimer, “Pedagogical Paradigm’s: Documenta’s Reinvetion” / Art & Education
http://www.artandeducation.net/paper/pedagogical-paradigms-documenta%E2%80%99s-reinvention/
Nora Landmaeker, “Educación en Documenta 12”, Vídeo da apresentação realizada na Universidade de Múrcia em 2010, inserido no programa da Manifesta 8.
http://www.um.es/atica/contenidos/streaming/FLASH/player2.php?formato=169&video=155/267/959.mp4

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